segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009





Penfield e os homúnculos

Na década de 1940, Wilder Penfield, um brilhante neurocirurgião canadense, assistia a pacientes portadores de epilepsia clinicamente intratável. Sabe-se que na epilepsia, antes de uma crise, os pacientes podem experimentar uma "aura," isto é, uma espécie de aviso de que ela está prestes a ocorrer. Penfield pensou que, se pudesse provocar esta aura com uma leve corrente elétrica no cérebro dos pacientes, encontraria então o foco da crise epiléptica. E que, com a remoção cirúrgica desse tecido cerebral afetado, também pudesse curá-los.
Com os enfermos conscientes, embora anestesiados, Penfield abria seus crânios para localizar e remover os focos cerebrais identificados como epileptógenos. Uma técnica cirúrgica experimental na qual ele começou a colecionar casos bem sucedidos. E que conduziu a uma descoberta extremamente importante. Ao estimular eletricamente o lobo temporal, situações vivenciadas pelos pacientes (muitas vezes esquecidas) eram naqueles momentos por eles recordadas. O que significava dizer que existe uma base física para a memória.
Prosseguindo suas investigações, Penfield , baseado nas informações que obtinha de seus pacientes durante os atos cirúrgicos, passou a identificar as relações das áreas do córtex cerebral com as diversas regiões do corpo humano. Até obter um mapeamento cerebral em que as várias regiões do corpo ficavam representadas no córtex, porém em tamanho e disposição diferentes de como elas se encontram no corpo. E, para facilitar a compreensão deste fato, idealizou as figuras dos homúnculos corticais.Um homúnculo sensorial e um homúnculo motor. O primeiro representado com os lábios, as bochechas e as pontas dos dedos desproporcionalmente grandes por serem as partes mais sensíveis do corpo e daí exigirem áreas corticais maiores. E o segundo com a boca, a língua e os dedos, especialmente os polegares, também avantajados por acontecerem nestas regiões corporais os movimentos mais complexos, que se relacionam com a vocalização e com a preensão.
No córtex, as áreas não se dispõem na ordem com que as regiões representadas estão de fato no corpo (ver figura abaixo), o que contribui para tornar os tais homúnculos ainda mais grotescos.

Olivas Bulbares - Função
núcleo olivar inferior: corresponde à formaçãp da oliva; recebe fibras do córtex cerebral, da medula e do núcleo rubro; liga-se ao cerebelo através das fibras olivo-cerebelares que cruzam o plano mediano, penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior. As conexões olivo-cerebelares estão envolvidas na aprendizagem motora; núcleos olivares acessórios medial e dorsal: têm mesma estrutura, conexão e função do núcleo olivar inferior, constituindo com ele o complexo olivar inferior.

Recomendações à leitura ou aquisição para os interessados na área da Neurologia

Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso MARK F. BEAR & BARRY W. CONNORS & MICHAEL A. PARADISO – Artmed

Como o Cérebro Funciona JOHN MCCRONE
Tratado de Fisiologia Médica ARTHUR C. GUYTON & JOHN E. HALL

Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças ARTHUR C. GUYTON & JOHN E. HALL

Fisiologia Humana ARTHUR C. GUYTON
Atlas de Fisiologia Humana de Netter JOHN T. HANSEN & BRUCE M. KOEPPEN

Anatomia e Fisiologia Humana STANLEY W. JACOB & CLARICE ASHWORTH FRANCONE & WALTER J. LOSSOW

Uma base Neurofisiológica para Tratamento de Paralisia Cerebral – Karel BOBATH

Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso – “Fundamentos da Semiologia” – DARIO DORETTO – ED. ATENEU.

NEUROCIÊNCIA PARA FISIOTERAPEUTAS – COHEN, HELEN – Manole

Anatomia Humana Básica – Dângelo e Fatinni - LIVRARIA ATENEU

NEUROANATOMIA - JACK GROOT - EDITORA GUANABARA KOOGAN

NEUROANATOMIA FUNCIONAL - ÂNGELO MACHADO - EDITORA ATENEU, 1993, SÃO PAULO


Nenhum comentário:

Postar um comentário